
Quem és tu, afinal?
QUEM ÉS TU?? 



A pergunta difícil que fiz a uma amiga ontem.
Riu-se. 

“Sei lá! Sou a Rita. Oh, Ana, pah! Lá estás tu!”
Há uns anos atrás, também um grande amigo me fez esta pergunta estapafúrdia! 



Numa fase em que ainda não tinha aceite completamente este meu caminho um pouco “fora da caixa” e ainda não me tinha encontrado.
E é tarefa desafiante, esta de nos encontrarmos… 

Nos nossos primeiros anos de VIDA
o nosso cérebro está em modo quase HIPNÓTICO
: é uma esponja!



Automatizam-se processos, padrões de pensamento e preconceitos. É na infância que adquirimos os nossos vieses: simplificando bastante, são preconceitos que nos permitem atalhar a nossa perceção do mundo e reduzir complexidade – são atalhos cognitivos.
Absorver ao máximo para estar o mais adaptado possível ao seu ambiente e maximizar as suas hipóteses de sobrevivência. Até porque o cérebro da cria não tem ainda maturidade suficiente para organizar e tirar sentido de toda a informação que recebe.
Estes serão os nossos programas-base.
Ficam automatizados.
Embutidos. Vão condicionar-nos e às nossas escolhas o resto da vida.


E … Claro está, não são nossos!! São “importados”!!
São dos nossos pais, familiares, educadores, comunidade. 

Deixem isto marinar um pouco…
Há ainda as expectativas que a sociedade coloca sobre nós: o que é esperado, o certo a fazer, o percurso a seguir. 



As normas para que estejamos enquadrados na sociedade e nos sintamos parte do grupo.
É muito ruído, não é? 



Torna-se mesmo uma tarefa hercúlea ouvir a nossa vozita no meio de tudo isto.
Por isso, a pergunta é tão difícil. 

Então, vamos procurar. 



Vamos lá dentro
, tentar perceber quem somos e o que queremos fazer da nossa vida, o que temos para oferecer ao mundo
.



Estarmos realmente presentes nas nossas vidas. Romper o PILOTO-AUTOMÁTICO e o “modo zombie”
, em que estes programas são reis!




Aprender uma nova língua, a surfar
, a bordar
, a andar de bicicleta
, a pintar! O que nos der vontade!



Aprender coisas novas obriga-nos a focar
: atenção permanente e consciente e estar no AQUI e AGORA
. Rebenta com o piloto-automático!


Novidade e novas solicitações enriquecem a estrutura e conexões neurais e até os neuroquimicos jogam a nosso favor, injetando motivação e bem-estar. 


Quando o vê-se-te-avias na nossa mente estiver a ser de mais
, podemos fazer este exercício simples, de auto-hipnose (Ericksoniana) .









Este exercício, além de nos ajudar a relaxar, traz-nos de volta ao aqui e agora
: nem no passado, ruminando, nem no futuro antecipando desgraça!

Silencia a ramboia de pensamentos em loop e barulheira na nossa cabeça! 



Quando acabamos estamos mais presentes, menos nervosos e menos ansiosos. 

Vamos lá? Não vale profissão, idade, estado civil ou outros conceitos deste género, vindos de tipificações da sociedade.

Sou a Ana e adoro novidade e coisas feitas improviso: programas inesperados são os melhores! Go with the flow! Como aquela música da Maria Bethânia:




Adoro a vida com leveza: rir sempre
e muita música
ajudam-me a recuperar a alegria e a aligeirar cargas que não quero acartar.




Nem sempre consigo blindar-me
quando a vibe à minha volta não é assim tão boa. Mas estou no caminho! A robustecer a minha camada protetora de “estou-de-bem-com-a-vida”… 


Sou grata todos os dias
, quando abro os olhos de manhã
: estou bem, saudável e confortável. Os que amo também. O saldo é positivo, mesmo com todos os desafios, tropeços e amargos de boca! 





A vida não é perfeita (nós também não!): é o balanço que conta! 

Tenho a sorte de ter descoberto o que amo fazer, aquilo em que acrescento valor ao mundo
, alguma coragem
para o perseguir e uns anjos sem asas no meu caminho a beliscarem-me para avançar
quando a dúvida chega…



Adoro capitalizar as minhas experiências de vida, boas e menos boas, retirando delas conhecimento e partilhando-o, explicando o que se vai passando no nosso cérebro
nas situações normais da vida de todos os dias. CIÊNCIA DA VIDA REAL!


