Quem tem c… Tem medo!!
“Ana, sabes porque é que ainda não andas mesmo bem de patins
MEDO! MEDO DE CAIR!
É o problema dos adultos: Pensam demasiado.
Os putos nem pensam nisso! Por isso aprendem em 3 tempos!”.
A observação da professora de patins, na última aula…
Pois… Colocado assim, faz todo o sentido! Claro!!
Se estamos sempre a pensar que vamos cair… O nosso cérebro foca-se nisso: toda a nossa fisiologia se altera e… Seja feita a nossa vontade! É certinho, direitinho: vamos malhar com o rabo no chão!!
E … Atenção! Isto aplica-se a tudo na nossa vida!
Aquilo em que nos focamos, ganha amplitude e força porque ajustamos os “sistemas de filtragem” do nosso cérebro para nos mostrar mais disso.
Portanto, quando nos focamos no que NÃO QUEREMOS , o nosso cérebro interpreta, literalmente :
“Ah!! Estás outra vez a pensar nisto. Deve ser mesmo importante para ti! Vou estar atento para te mostrar e proporcionar mais disso!!”.
E pronto! Está o caldo entornado!!
Tanto nos mostra mais da realidade que reforce o que estamos a pensar (o tal ajuste de filtros) como recria as condições emocionais e fisiológicas necessárias para podermos vivenciar isso mesmo.
Eh pah! Mas caramba!! Só de me imaginar a cair de cima de 1.82m mais altura dos patins e aterrar desamparada de rabo… Até me arrepio toda!! Sou só humana!!
Mas quem corre por gosto, não cansa!
Sair da nossa zona de conforto, numa atividade que não dominamos e não depende da nossa massa cinzenta mas da nossa capacidade de fazermos precisamente o oposto, desligarmo-nos dela e deixarmo-nos fluir com a experiência…
É um exercício muito mais desafiante do que parece!!
Vários gatos escondidos com o rabo de fora nesta descrição aparentemente inocente, minha gente…
Vamos lá!
– Sair da nossa zona de conforto. O nosso cérebro odeiaaaaa!! Porque odeia imprevisibilidade e situações que não possa controlar totalmente. E se não há experiência prévia que permita projetar o outcome… Red alert!!! O caos, o horror!!
Vai berrar “não” com todas as forças. O nosso “sim” consciente tem mesmo que ser forte.
Para o nosso cérebro ver que afinal sobrevivemos à experiência e transformar o desconfortável em familiar: dar um novo significado à experiência e um novo rótulo à emoção (em vez de medo encarar como animação ou expectativa )
– Não depende da nossa massa cinzenta mas da nossa capacidade de nos desligarmos dela.
Pensamos de mais!! Refugiamo-nos neste “vício” acreditando ser possível dominarmos todas as variáveis, para nos sentirmos mais seguros!
A perspetiva de simplesmente nos deixarmos ir numa experiência é perturbadora para muitos de nós.
O que está por baixo disto tudo? Adivinhem!!
MEDO. De falhar, de fazer , de não ser perfeito e ser julgado por isso.
Parar de pensar é a solução aparentemente simples mais complexa de implementar…
Música pode ajudar e muito.
É um bálsamo para o cérebro e para a alma. Mas música que gostemos mesmo. Desliga as sirenes e traz a calmaria a todo o sistema nervoso. E deixamo-nos ir!
Nesta cruzada sobre rodas, os dragões com as ventas em labaredas são os mesmos que nos f… Lixam! Que nos lixam noutras áreas da vida bem menos lúdicas!
São sempre os mesmos sacanas: os nossos padrões de comportamento!
O catch? Transformá-los numa área da nossa vida vai ajudar-nos e muito a fazê-lo em todas as outras!
Sigaaaaaaa!!
Bora lá matar dragões!!!
PS: Não sou eu na foto!
Todos temos que cair mas… What happens in Vegas, stays in Vegas!! Não há registo fotográfico dos meus esbardalhanços.
Menos, gente, muito menos!!