O MEDO E A EXCITAÇÃO SÃO ESTADOS FÍSICOS SEMELHANTES!!

Qual a diferença, então?

É que, assim, de repente, estar apertadinho com medo e estar super animado com alguma coisa não é, de todo a mesma coisa!!

Não sentimos da mesma forma, pois não?

O medo abafa, a excitação expande!!

Como é que quadros fisicamente idênticos ramificam emoções tão diferentes???

A resposta está entre as nossas orelhas, meus amigos!

É o nosso cérebro que conduz a orquestra.

E quem manda no maestro somos nós, consciente ou inconscientemente.

Cérebro e mente formam uma “pescadinha de rabo na boca”: agem um sobre o outro, moldando-se mutuamente para gerar a nossa experiência.

Tem tudo a ver com o labeling das emoções: com os rótulos que lhes damos.

Coração a bater muito depressa, mãos a suar, o cortisol a bombar em grande, respiração acelerada…

Se pensarmos:

“Porra! Vou lá e vou rebentar com esta talk/ reunião / apresentação de projeto (whatever…)! Estou em grande e capaz de engolir o mundo!!”.

Vamos estar ferozes e arrebatamos tudo o que houver para arrebatar!! EXCITAÇÃO. ESTADO PODEROSO!

Se, por outro lado, a conversa interior for outra…

” Estou mesmo à rasca! Isto vai correr mal, caraças! Quem me manda meter nisto?! Só faço m€rda, mesmo… “.

MEDO/ PÂNICO. ESTADO DESEMPODERADO E ALTAMENTE LIMITADO.

Alguns bullets sobre isto…

#1) A diferença está no que dizemos a nós próprios, nas conversetas com os nossos botões.

As ordens que damos à nossa mente e cérebro são, essencialmente, baseadas em:

PALAVRAS – o nosso DIÁLOGO INTERNO
IMAGENS MENTAIS: a forma como visualizamos o nosso futuro (VISUALIZAÇÕES)

E estas duas coisas podem correr soltas (o que nunca é grande ideia porque assim são comandados pelos nossos programas automáticos) ou podemos MOLDA-LAS, PREMEDITADAMENTE, para gerar os resultados que pretendemos!

Conversa interior construtiva e visualizar os cenários favoráveis!

Não conseguimos visualizar??

Conseguimos, sim!

Quando é para antecipar cenários desgraçados visualizamos muito bem!! Com detalhe e riqueza de cores!!!

Como simulador de excelência que é, permanentemente a funcionar em modo preditivo , inputs desta natureza são tomados como directivas e o nosso cérebro adapta a nossa experiência em alinhamento, modificando a nossa perceção nesse sentido.

Por sua vez, a experiência refrescada vai levar a que o cérebro reforce os caminhos neurais que a suportam: a tal pescadinha de rabo na boca…

#2) A PREPARAÇÃO é chave.

Quanto mais preparados para uma situação (ensaiando a apresentação, apresentando o projeto a colegas antes do grande dia, etc…), maior será a SENSAÇÃO DE CONTROLO do nosso cérebro: acalma as sirenes e o território desconhecido passa a ser familiar.

O medo dá lugar à animação: cérebro tranquilo e super energizado!

Por vezes esse medinho quer apenas alertar-nos para algum aspeto nos passou despercebido e precisa de ser melhor preparado…

CONCLUINDO…

O medo existe porque é necessário. Em tempos idos, os medrosos , por serem mais cautelosos, sobreviviam para gerar a sua prole: medo é instinto de preservação!

Também é o medo de perder que faz com nos esforcemos por fazer mais e melhor, quando algo é importante para nós.

É o medo de falhar que faz com que nos preparemos melhor para os desafios, aumentando as nossas probabilidades de sucesso.

Esse é o lado “bom”.

Quando começa a travar-nos quando queremos ir atrás dos nossos sonhos, há que ganhar mestria nisto de transformar obstáculos em alavancas.

Como diz o outro… Viver não custa. Custa é saber viver!

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