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Coaching & Emoções: O seu coachee aceita-as ou evita-as?


Sabe como o seu coachee lida com as suas experiências emocionais “negativas”ou indesejadas? Aceita-as ou evita-as?

É, habitualmente, relutante em manter contacto com pensamentos, sentimentos, memórias e outras experiências privadas stressantes ou angustiantes, mesmo com consequências negativas a longo prazo?

Se é este o caso, então, o seu coachee lida com as suas emoções “negativas” recorrendo à evasão ou fuga, com todos os desafios em termos comportamentais e psicológicos que isso acarreta.

Se, pelo contrário, o seu coachee está, geralmente, disponível para contactar com experiências emocionais indesejadas, que surjam em resultado de um obstáculo ou desafio encontrado no seu caminho, então, usa a aceitação como forma dominante para lidar com as suas emoções.

Informação geral clarificada, torna-se claro, também, o impacto nos níveis de sucesso na prossecução de objetivos pessoais e profissionais e, inevitavelmente, no sucesso do próprio processo de coaching.

Estudos científicos concluíram que as pessoas que lidam com as suas emoções através da evasão, experimentam uma quebra acentuada nos níveis de perseverança e motivação quando expostos a situações/ obstáculos que originam experiências emocionais negativas. E quanto mais negativa a experiência emocional, maior a quebra na perseverança. O resultado será, muito provavelmente, o abandono do projeto ou empreendimento pessoal ou profissional.

Por outro lado, as pessoas que lidam com os seus estados emocionais negativos com aceitação, não sofrem qualquer alteração nos seus níveis de perseverança – esta é independente dos estados emocionais experimentados (tanto positivos como negativos).

A conclusão é simples: no que diz respeito à prossecução de objetivos pessoais e profissionais, a forma predominante com que se lida com as emoções é decisiva e tem impacto na capacidade de perseverar face a obstáculos e desafios.

Importa salientar que mesmo tendo uma forma predominante de lidar com as emoções no dia-a-dia (apontado pelas suas características específicas e intrínsecas) podemos, perante um evento emocionalmente significativo, adotar um estilo diferente (contextualizado ao nível da situação ou do estado experimentado).

Como pode ajudar o seu coachee que se auto-sabota de forma inconsciente com o seu estilo dominante de lidar com as emoções negativas?

Vamos sintetizar e simplificar as orientações:

  Ajude o seu coachee a compreender que as emoções são normais, saudáveis e temporárias (positivas ou negativas!) e que pode, por isso, aceitá-las e abrir espaço para elas na sua vida!

Explique como o seu cérebro emocional funciona, com base em sistemas de aproximação (à recompensa) e de fuga (da dor), que evoluiram para nos ajudar a sobreviver. Um coachee que compreende como o seu cérebro processa os seus estados emocionais é um cliente mais empenhado e comprometido com o sucesso!

 – Esclareça que é seguro e deverá abrir espaço para as emoções na sua vida. Quando tentamos suprimi-las, eliminá-las ou encobri-las (eventualmente fazendo uso de estratégias desaconselháveis que alteram a fisiologia, como o álcool e as drogas, por exemplo), o sentimento gerado é ainda mais negativo e indesejável.

 – Clarifique que poderá, com a sua ajuda, utilizar estratégias que o ajudarão a mudar a forma como vive as suas respostas emocionais, reinterpretando-as. O resultado será uma aproximação de aceitação das emoções, livre de qualquer julgamento ou juízo de valor.

P.S.: Cada vez mais apaixonada por neurocoaching…