Sente-se cansado?
É verdade que me sinto cansada, por vezes. Cansada de sentir, algumas delas.
Cansada de ter sentimentos e emoções perturbadores e inquietantes que me roubam a paz de espírito de tal forma que me fazem desejar nunca mais sentir nada assim! (Calma… Não se precipite a tirar conclusões sobre as minhas palavras. Faça-me a vontade e continue a ler. Valerá a pena!).
Nada de bom nem de menos bom. Permanecer numa espécie de nirvana, sem oscilações de humor nem de estados de espírito.
Sem tristezas, sem irritações e sem frustrações. Que maravilhoso seria, não? Contemplar a vida apenas, embevecendo-me com a beleza de andar por cá…
Concorda comigo que se trata de uma meta utópica, certo?… Não impossível mas utópica. Alguns seres humanos atingem esse estado abençoado, adotando formas de estar na vida orientadas nesse sentido. Mas a não ser que tencione recolher-se do mundo e dedicar a isso a sua existência, este será um sonho quase impossível para si, tal como para os restantes de nós, comuns mortais…
Mas a questão que se impõe é outra… Quereria mesmo viver assim?
Para mim nunca resultaria. Sou demasiado interventiva, impulsiva e orientada para a ação. Morreria rapidamente com um episódio cardíaco! E se identificou com o que acabei de dizer, aconteceria o mesmo consigo! Por isso, avancemos. Tudo isto se prende com questões de perceção. O que precisa não é de deixar de sentir. O que precisa é de alterar a forma como perceciona o que sente.
A verdade é que não há emoções boas nem más (ou menos boas…).
A forma como as interpreta está intimamente ligada à forma como perceciona o mundo à luz da sua experiência anterior. Há, de facto, emoções com as quais evita contactar porque evocam situações e sentimentos que o destabilizam. São sintomas que o impedem de continuar a ignorar-se a si mesmo e ao trabalho interior que o seu Eu está a requerer que faça para poder evoluir (e que procura, a todo o custo, contornar…). Está a falhar consigo mesmo, ainda que não tenha disso consciência. E é para isso que servem aqueles sentimentos e emoções avassaladores (que injustamente avaliamos como “maus”), arrasando tudo à sua passagem. Provocando dor e sofrimento. Entendo. Acontece com todos nós.
Mas deixe que lhe assegure uma coisa: nada irá melhorar a não ser que…
… Tome a única decisão com potencial para “virar o jogo” e mudar tudo. Adivinha qual é?
Correto! A decisão de agir! Seguida de ação propriamente dita, claro… A tomada de decisão sozinha não fará milagres…
Compreenda a origem de tudo isto. O que será que não está a fazer por si? O que é que o seu Eu (entenda-se, o seu coração, a sua alma, a sua essência…) lhe pede incessantemente que não estará a entregar-lhe?
E a pergunta do milhão de dólares: “Qual será o medo (ou medos) que estarei a tentar evitar? Com o qual (ou com os quais) não estou a lidar como devia?” .
Boa parte das vezes a questão é mesmo esta. Contudo, mesmo que procure ignorar os seus medos, eles continuarão a existir, atuando na clandestinidade para que não se sinta confortável o suficiente para poder esquecê-los definitivamente. Parece simples, não parece? Bastante direto, pelo menos. Concordo. Mas nem por isso fácil de concretizar: serão necessários bastante trabalho, determinação e dedicação. O caminho terá os seus obstáculos e contrariedades, evidentemente. O esforço, no entanto, será altamente compensador: sentir-se-á cada vez mais poderoso e com capacidade de dirigir a sua vida!
Além disso, este não tem que ser um caminho a trilhar sozinho.
Sentir-me-ei honrada em poder apoiá-lo nesta jornada! Conte comigo. Esta é, definitivamente, uma viagem que valerá a pena. Será a viagem da sua vida!
E então? O que me diz? Vamos trabalhar!