Treininho madrugador
Hoje foi dia de treininho bem cedo, com as galinhas!
Entrei com uma telha do tamanho de um comboio e saí nova!
Quando estamos mais em baixo, o nosso mundo tem tendência a fechar-se sobre nós.
Parece que só vemos, pensamos e sentimos o que quer que nos tenha afetado.
E aquilo em que focamos a nossa atenção, já sabemos, amplifica-se.
Parece mais grave, mais intenso e mais perturbador a cada minuto que passa.
Sair dessa engrenagem é muito desafiante!
No meu caso, exercício físico funciona lindamente.
Mas porque gosto, claro, senão teria efeito contrário e faria disparar os níveis de neurotransmissores de stress, como o cortisol.
Para outra pessoa resultará outra atividade qualquer.
Escrever, por exemplo.
Quando escrevemos sobre o que estamos a sentir, colocamos labels nas nossas emoções. Identificamo-las.
Só isto já nos ajuda a regulá-las de forma mais eficiente: põe-nos a raciocinar sobre o que estamos a sentir.
E isto dá um arranque na zona do cérebro responsável por funções cognitivas mais elevadas, que nestes momentos de aperto, é silenciada.
Assim, gradualmente a nossa capacidade de analisar a situação e definir soluções regressa.
Sentimo-nos com maior capacidade de a controlar e resolver.
Cada um de nós, melhor que ninguém, saberá o que melhor resulta consigo.
Hoje, treino-quase-de-madrugada, por exemplo.
#1 – Rompeu a rotina porque costumo treinar ao fim do dia. Por isso, ajudou-me a despertar do torpor que estava instalado e a estar mais presente no “aqui e agora” em vez de andar perdida em deambulações de m€§£@.
#2 – Contactar com gente com quem temos afinidade, gera um aumento nos níveis de oxitocina, neurotransmissor associado (entre outras coisas) ao estabelecimento de laços entre as pessoas.
A oxitocina também interrompe a resposta de stress em que estamos atolados nestas alturas. É um bálsamo pacificador.
#3 – O exercício físico, em si, gera uma chuveirada de endorfinas que nos ajudam a sentir melhor e mais relaxados.
Tudo isto combinado, leva a que consigamos ampliar o nosso mundo, num momento em que ele parece fechar-se sobre nós e sufocar-nos.
Conseguimos livrar-nos do drama todo e focar-nos numa onda mais pragmática e orientada à solução.
Saí com a cabeça a fervilhar mas de criatividade e novas ideias para pôr em prática: o paraíso de uma “brain-junky”!